À procura de habitação na UE? Eis por onde começar

Os regulamentos relativos à mobilidade dos trabalhadores na UE simplificaram o processo de deslocação entre os 27 Estados-Membros da UE. Se está a planear deslocar-se por motivos de trabalho, uma das primeiras coisas a fazer é garantir o seu alojamento. 

Para compreender melhor a situação do setor imobiliário num país estrangeiro, há alguns aspetos a ter em conta.

Localização

Escolher o local onde vai viver pode ser um desafio, especialmente se não estiver familiarizado com o país para onde se vai mudar. Os fatores que deve ter em consideração são a distância a que está disposto a viver do seu local de trabalho, a proximidade de escolas e meios de transporte público, se tiver filhos, a reputação/segurança do bairro e o acesso a espaços importantes para si (por exemplo, ginásio, parque, centro comercial).

Preços

Muitas vezes, o custo envolvido será um fator decisivo na sua escolha da localização. Na maioria dos países, o valor das rendas nas grandes cidades é muito mais elevado. Veja-se o caso da Finlândia, por exemplo. Comparando o custo de vida na capital, Helsínquia, com o de Turku, uma cidade no interior, há uma diferença de quase 33 % (1 036,58 euros para um T1 no centro de Helsínquia comparado com 696,27 euros para o mesmo tipo de apartamento em Turku).

Além disso, os centros das cidades são claramente mais caros do que as zonas suburbanas. Em Espanha, o preço de renda de um T1 na periferia é de 400-900 euros. Numa zona central, estes preços podem subir 25 %.

Tipo de habitação

Dependendo da sua profissão, poderá ter direito a alojamento através da sua entidade patronal. O Instituto Universitário Europeu, por exemplo, oferece alojamento à comunidade académica e a funcionários administrativos por um período de 12 a 18 meses. A disponibilização de uma residência de serviço ou o arrendamento empresarial estão também a tornar-se cada vez mais populares, com agências como a ukio, a forenom e a NORDICTA a proporem soluções que podem ser vantajosas em termos de preços. Certifique-se de que se informa junto da sua entidade patronal se a empresa faz parte de um acordo deste tipo.

Arrendar ou comprar?

Trata-se de uma decisão pessoal que depende de muitos fatores. Se está consciente de que a sua mudança não é temporária e a sua situação financeira o permite, pode optar por comprar um imóvel em vez de optar pelo arrendamento. Atualmente, ser proprietário de um imóvel é mais dispendioso, uma vez que as taxas de juro e a inflação continuam a ser elevadas. No entanto, a aquisição de uma habitação é um investimento significativo a longo prazo que poderá fazer sentido na sua situação. Se decidir avançar com a compra, tenha em conta o seguinte: 

• Solicite aconselhamento especializado. Um advogado do setor imobiliário, por exemplo, ajudá-lo-á a explorar em segurança um mercado estrangeiro.
• Estude as suas opções em termos de crédito hipotecário. A ajuda de um consultor financeiro experiente é, mais uma vez, fundamental. 
• Analise as suas opções em termos de apoios. Em alguns países, podem existir subsídios para a utilização de fontes de energia renováveis ou apoio financeiro para renovações. 

As entrelinhas

Se optar por pagar uma renda, antes de assinar qualquer contrato de arrendamento, procure aconselhamento junto de alguém que conheça o mercado em causa e que o ajude a evitar interpretações incorretas do contrato. As leis do arrendamento diferem de país para país. Na Grécia, por exemplo, é normalmente exigido pagar uma caução de dois meses de renda, enquanto em França a caução é equivalente a um mês de renda. Na Áustria, os contratos de arrendamento podem ser de duração indeterminada ou a termo certo (neste último caso, o prazo mínimo é de 3 anos). Na Bélgica, todos os contratos de arrendamento são limitados no tempo, podendo ser de longa duração (9 anos ou mais) ou de curta duração (3 anos ou menos). 

Para obter ajuda e aconselhamento em matéria de residência, aceda aqui. 

Está pronto para se mudar para o estrangeiro e sente-se sobrecarregado? Não hesite em contactar um conselheiro EURES que o orientará em todas as etapas do processo.

Ligações úteis:

Your Europe - Residência

Autoridade Europeia do Trabalho (AET) 

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