Que competências procuram as empresas em 2019?

What skills are companies looking for in 2019? — EURES

E se nos focalizarmos nas competências que as empresas procuram? O LinkedIn, que nos últimos anos tem acompanhado as competências as que as empresas mais necessitam todos os anos, publicou recentemente as suas conclusões para 2019. Utilizando dados relativos a competências cuja procura é superior à oferta, recolhidos através do seu sítio Web, a equipa do LinkedIn a partir de 50 000 competências, aproximadamente, fez uma lista das 30 competências mais procuradas (5 pessoais e sociais - «soft» - e 25 técnicas - «hard»).

Descubra a seguir as competências que figuram na lista...

As competências pessoais e sociais

As competências pessoais e sociais que as empresas procuram tendem a manter-se bastante constantes de ano para ano; apesar da crescente digitalização do mundo em que vivemos, a sua importância está a aumentar.

Criatividade: embora os computadores e a inteligência artificial façam muitas coisas, a criatividade continua a ser uma caraterística humana apreciada.
Persuasão: os produtos raramente se vendem sozinhos, e as empresas contratam colaboradores que sabem persuadir os consumidores a comprar os seus produtos.
Colaboração: o trabalho de equipa é o alicerce de qualquer boa empresa e quanto mais avançados os projetos, mais necessárias são os colaboradores especializados com capacidade de trabalhar em equipa.
Adaptabilidade: o mundo moderno evolui rapidamente e as pessoas que melhor se adaptarem aos seus novos ambientes e às suas novas técnicas e tecnologias serão bem sucedidas.
Gestão do tempo: a capacidade de organizar eficazmente o seu próprio tempo é uma competência que traz benefícios ao longo de toda a carreira profissional.

As competências técnicas

Como seria de esperar, a lista é constituída predominantemente por competências ligadas à tecnologia e à esfera digital, embora algumas mais tradicionais também marquem presença.

Computação em nuvem: hoje em dia, parece que tudo está ligado a uma nuvem, pelo que as competências nesta área são particularmente atrativas para os empregadores.
Inteligência artificial: da Alexa à Siri, a inteligência artificial está firmemente enraizada no nosso quotidiano e, ao que tudo indica, a tendência veio para ficar.
Raciocínio analítico: a abundância de dados existente torna a capacidade de sintetizar e usar esses dados para a tomada de decisão informada uma qualidade altamente valorizada pelas empresas.
Gestão de recursos humanos: saber gerir pessoas e tirar o máximo partido das suas potencialidades, embora fazendo parte das «velhas» capacidades, continua a ser importante.
Design da experiência do utilizador (UX): com os níveis cada vez mais altos de expetativas dos utilizadores e de concorrência, são muito procuradas as competências relacionadas com a melhoria da satisfação dos utilizadores com um produto.
Desenvolvimento de aplicações móveis: as aplicações continuam a ser uma atividade empresarial em plena expansão no nosso mundo cada vez mais tecnológico.
Produção de vídeos: o setor da produção de vídeos é uma indústria próspera e as empresas procuram colaboradores que conhecem as técnicas mais recentes.
Direção de vendas: as vendas geram lucros, o que torna esta competência verdadeiramente essencial para qualquer empresa comercial.
Tradução: graças à tecnologia, as empresas podem chegar facilmente aos públicos de todo o mundo. Para comunicar eficazmente com eles, contudo, são necessárias as competências de um tradutor.
Produção áudio: com a popularidade crescente dos «podcasts», dos audiolivros e de outras formas de comunicação auditiva, tem-se assistido ao aumento da procura de pessoas com as competências para os produzir.
Processamento de linguagem natural (PLN): embora os computadores sejam cada vez mais sofisticados, continuam a necessitar de ajuda para compreender as línguas humanas. É aqui que entram em jogo as competências de PLN.
Ciência computacional: as empresas recebem de braços abertos as pessoas que sabem resolver eficazmente problemas que envolvam grandes quantidades de dados.
Desenvolvimento de jogos: a indústria de jogos conheceu uma grande expansão nas últimas décadas, criando novas oportunidades.
Técnicas de venda nas redes sociais: enquanto as redes sociais continuarem a ser uma forma popular de as empresas chegarem aos seus públicos, as competências nesta área continuarão a ser procuradas.
Animação: a popularidade dos vídeos e o ressurgimento dos GIF puseram as competências de animação na lista das 25 mais procuradas.
Análise empresarial: os analistas têm vindo a tornar-se cada vez mais valiosos para as empresas que procuram melhorar os seus sistemas e aumentar os seus lucros.
Jornalismo: cada vez mais empresas procuram redatores com competências para criar conteúdos persuasivos.
Comercialização digital: a ascensão da tecnologia digital foi acompanhada pelo aumento da comercialização digital e da necessidade de competências conexas.
Design industrial: os designs elegantes, práticos e impactantes são procurados desde há décadas.
Estratégias concorrenciais: face ao aumento da concorrência, as empresas precisam de quem as ajude a manter-se à frente dos seus rivais.
Sistemas de serviço ao cliente: uma série de erros graves de serviço ao cliente ocorridos em 2018, que tiveram grande repercussão, reforçaram a importância de um sistema funcional de comunicação com os clientes.
Ensaios de software: não há nada pior para uma empresa do que lançar no mercado um novo produto cheio de erros. É aqui que entra o especialista em ensaios de software!
Ciência dos dados: a quantidade astronómica de informações a que temos acesso hoje em dia e a necessidade de as interpretar fazem com que as competências como a ciência de dados figurem nesta lista.
Infografia: os consumidores de hoje esperam ver infografias de «último grito» para onde quer que olhem, pelo que as competências nestas áreas são um ativo valioso para qualquer empregador.
Comunicação empresarial: como no caso dos sistemas de serviço aos clientes, os erros graves de relações públicas ocorridos em 2018, muito falados, mostraram a importância de as empresas terem colaboradores que saibam comunicar de forma eficiente.