Então, quem sou eu? Chamo-me Mathieu Lozar e sou responsável de marketing externo para o sudoeste europeu na CupoNation e Black-Friday.sale, uma empresa com sede em Munique, na Alemanha. Recebo todos os meses candidaturas a estágios de todos os cantos da Europa, e alguns desses estudantes acabam por realizar um estágio connosco para obterem experiência profissional num ambiente empresarial internacional.
E quem era ela? Uma mulher talentosa na área do marketing. Tinha um portefólio muito bom, experiência sólida, boas notas e, acima de tudo, ideias de como poderia contribuir para a «Equipa CupoNation». Estava preparada para aprender e para contribuir, sendo ambos os aspetos muitos importantes do meu ponto de vista. O que não tinha era formação universitária. Tinha estudado noutra instituição privada que oferecia o mesmo tipo de formação e considerou que estaria em desvantagem por causa disso.
Para mim, não é importante o sítio onde se estudou, mas sim onde se pretende chegar. Dentro de alguns limites, claro: «a escola dura da vida» não é suficiente! Mas, se tiver decidido frequentar o ensino superior, então decidiu atingir um objetivo. Tomou o primeiro de muitos passos e disse para si próprio: «Vou gastar tempo e dinheiro nisto porque quero chegar lá».
Lá pode significar várias coisas. Professor, jornalista, designer ou psicólogo... a profissão é uma escolha totalmente sua. O mais importante é ter um objetivo e estar concentrado em atingi-lo. Uma pessoa não se muda para Munique se estiver apenas «um pouco motivada» para ver como é.
Desde que a pessoa em causa tenha uma formação relevante e sólida, interessa-me como um potencial colaborador. Se me concentrasse apenas nos estudantes universitários, deixaria passar muitas pessoas talentosas. Não me interprete mal, também contrato estudantes universitários (existem muitos extremamente talentosos), mas não em números superiores aos de outras instituições de ensino superior.
Há muito mais a considerar para além das notas. Há o talento, a vontade de aprender, de contribuir e, por último, mas não menos importante, a sede de vencer. Trata-se de pessoas que querem ser bem-sucedidas e que darão tudo para atingir os seus objetivos. É isso que me importa e não o tipo de estatuto que tem a instituição.
Não posso falar por todas as empresas modernas, mas tenho a impressão que a maioria pensa o mesmo que eu. Portanto, se encara «a universidade como a única opção» e isso o está a impedir de obter formação noutro local, livre-se desses medos e vá atrás daquilo que quer.
Pode ser a pessoa que quero contratar.
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Informação detalhada
- Data de publicação
- 22 de novembro de 2017
- Autores/Autoras
- Autoridade Europeia do Trabalho | Direção-Geral do Emprego, dos Assuntos Sociais e da Inclusão
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