Seja o seu próprio chefe: Empreendedorismo e a UE

Be your own boss: Entrepreneurship and the EU — Shutterstock

A crise na Europa evidenciou a importância da criação do próprio emprego como uma oportunidade para as pessoas sem trabalho. Isto é particularmente válido nos Estados-Membros da UE mais afetados pela crise económica e onde os empregos tradicionais são escassos. Uma nova empresa pode criar postos de trabalho para outros, gerar novas competências e até dar à população desempregada e vulnerável a oportunidade de contribuir para a sociedade e para a economia. Nesta perspetiva, a estratégia da Comissão Europeia de apoio ao empreendedorismo e à criação do próprio emprego tem três pontos centrais.

Novas empresas de desempregados e de pessoas de grupos desfavorecidos

Muitas pessoas decidem criar uma nova empresa depois de estarem desempregadas durante muito tempo. Além disso, existem grupos vulneráveis, como os jovens, as mulheres, os idosos, os migrantes ou as pessoas com deficiência, que enfrentam muitos obstáculos quando tentam criar ou manter a sua própria empresa. Nestas situações, a Comissão presta apoio de várias formas.

Uma vez que saber é poder, a Comissão reuniu forças com a OCDE para reforçar o conhecimento e a aprendizagem sobre empreendedorismo. As suas iniciativas incluem notas de orientação e publicações tais como as Missing Entrepreneurs series. Estes relatórios publicados analisam de que forma as políticas públicas podem criar postos de trabalho, eliminando os obstáculos que as pessoas de grupos desfavorecidos enfrentam ao tentar criar uma nova empresa. Cada edição inclui também estudos de caso sobre programas públicos que apoiam a criação de empresas em diversos Estados-Membros.

Os Serviços Públicos de Emprego da UE em cada Estado-Membro asseguram um apoio mais direto às novas empresas, tais como auxílio financeiro, orientação e formação. Medidas recentes incluem:

Conselheiros ajudam os candidatos a emprego que desejam criar o próprio emprego;
Subvenções a favor de mulheres anteriormente desempregadas que criam a sua própria empresa;
Formação e assistência na fase de arranque de novas empresas para pessoas mais velhas;
Assistência financeira aos jovens empresários.

A iniciativa Start-up and Scale-up, uma nova estratégia da UE, visa melhorar as condições de crescimento das novas empresas, criar mais empregos e tornar a UE mais competitiva.

Empresas sociais

As empresas sociais são empresas cujo principal objetivo não consiste em gerar lucros, mas em ajudar a sociedade. As empresas de reciclagem, as empresas que prestam serviços aos idosos e as empresas jornalísticas que contratam pessoas «sem abrigo» para vender os seus jornais são apenas três exemplos de uma empresa social.

O maior problema que estas empresas enfrentam é o acesso a financiamento. Para ajudá-los, a Comissão concede financiamento através de diversos programas, como o Programa da UE para o Emprego e a Inovação Social e o European Fund for Strategic Investments Equity instrument.

Microempresas

As microempresas são pequenas empresas que empregam até nove pessoas e que têm um volume de negócios anual ou um balanço inferior a 2 milhões de euros. A grande maioria das empresas europeias são microempresas, razão pela qual desempenham um papel tão importante no plano da Comissão de combate ao desemprego.

Tal como as empresas sociais, estas pequenas empresas não têm normalmente acesso aos empréstimos comerciais tradicionais. No entanto, poderiam beneficiar de algumas oportunidades de microfinanciamento, tais como os microempréstimos, que são empréstimos até 25 000 euros. Por conseguinte, a UE oferece assistência através do Programa da UE para o Emprego e a Inovação Social e doFundo Social Europeu.

Ligações úteis:

Missing Entrepreneurs series

Serviços Públicos de Emprego

Start-up e Scale-up

Programa da UE para o Emprego e a Inovação Social

European Fund for Strategic Investments Equity instrument

Fundo Social Europeu

Informações adicionais:

Jornadas Europeias do Emprego

Drop’pin@EURES

Falar com um Conselheiro EURES

Condições de vida e de trabalho nos países EURES